Quando assistimos a um qualquer filme sobre espionagem, automaticamente colocamos a questão, Será que este filme realmente representa a realidade?
É óbvio que a resposta estará sempre condicionada pelo argumento do filme em questão.
Mas no caso dos filmes do agente mais irresistível do planeta, Bond, James Bond, existe apenas uma representação parcial da realidade. Pois nas telas de cinema o espião ganha o estatuto de super herói que tem como missão salvar o mundo de um vilão completamente doido, e na realidade os espiões não são super heróis, são sombras. Este é outro aspecto em que Bond falha, pois em primeiro lugar revela sempre o seu nome, e quando se sente ameaçado não hesita em puxar o gatilho.
Bond também se sente atraído pela confusão e por explosões, situações que um espião “real” evita ao máximo, pois isso pode expor a sua cobertura.
Mas os filmes de Bond também possuem traços comuns com a realidade. É um óptimo exemplo disso os gadgets fabricados pelo MI6 para Bond utilizar na missão. Uma vez que na realidade as agências também fornecem e mantêm contacto com os seus agentes, apesar de nos filmes estes aparelhos adquirirem super funcionalidades. Os filmes também representam a realidade em casos pontuais como no filme “Die Another Day” onde podemos vislumbrar a forma como as agências ignoram alguns dos seus agentes desaparecidos, e também a capacidade de resistir à tortura por parte dos espiões.
É importante os filmes possuírem uma base ligada à realidade, no entanto o que seriam os filmes de James Bond sem satélites, submarinos, vilões loucos, explosões e mulheres bonitas.
É fácil. Não seriam um sucesso cinematográfico